quarta-feira, 12 de junho de 2013

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM

6ª série – 7º ano
O artigo de Joaquim Dolz & Bernard Schneuwly sobre Gênero e Progressão em Expressão Oral e Escrita, em que “o professor decide sobre a sequência de atividades e operações com que ele pretende fazer avançarem os alunos...” e, em consonância com o texto Letramento e Capacidades de Leitura para a Cidadania, de Roxane Rojo, onde a autora propõe uma discussão de como pensa sobre as práticas de letramento e leitura escolar, em todas as disciplinas da educação básica a fim de preparar jovens para uma leitura cidadã e inclusiva, nas palavras dela, nos direcionam para estratégias que deixam evidente o papel mediador do professor no processo de ensino-aprendizagem do aluno. O caminho defendido por eles é a utilização de uma sequência didática que contempla tanto a leitura como a escrita e a oralidade na adoção de um (ou vários) gênero de texto.
Assim sendo, com base nos dois artigos, o texto a seguir sugere uma opção de sequência didática de acordo com a proposta dos autores. Texto esse apresentado e trabalhado durante o curso MGME de 2013.
AULA ESTENDIDA (sequência didática)

Meu Primeiro Beijo (Antonio Barreto)
 
É difícil acreditar, mas meu primeiro beijo foi num ônibus, na volta da escola. E sabem com quem? Com o Cultura Inútil! Pode? Até que foi legal. Nem eu nem ele sabíamos exatamente o que era "o beijo". Só de filme. Estávamos virgens nesse assunto, e morrendo de medo. Mas aprendemos. E foi assim...


Não sei se numa aula de Biologia ou de Química, o Culta tinha me mandado um dos seus milhares de bilhetinhos:
" Você é a glicose do meu metabolismo.

Te amo muito!

Paracelso"

E assinou com uma letrinha miúda: Paracelso. Paracelso era outro apelido dele. Assinou com letrinha tão minúscula que quase tive dó, tive pena, instinto maternal, coisas de mulher...E também não sei por que: resolvi dar uma chance pra ele, mesmo sem saber que tipo de lance ia rolar.

No dia seguinte, depois do inglês, pediu pra me acompanhar até em casa. No ônibus, veio com o seguinte papo:

- Um beijo pode deixar a gente exausto, sabia? - Fiz cara de desentendida.

Mas ele continuou:

- Dependendo do beijo, a gente põe em ação 29 músculos, consome cerca de 12 calorias e acelera o coração de 70 para 150 batidas por minuto. - Aí ele tomou coragem e pegou na minha mão. Mas continuou salivando seus perdigotos:

- A gente também gasta, na saliva, nada menos que 9 mg de água; 0,7 mg de albumina; 0,18 g de substâncias orgânica; 0,711 mg de matérias graxas; 0,45 mg de sais e pelo menos 250 bactérias...

Aí o bactéria falante aproximou o rosto do meu e, tremendo, tirou seus óculos, tirou os meus, e ficamos nos olhando, de pertinho. O bastante para que eu descobrisse que, sem os óculos, seus olhos eram bonitos e expressivos, azuis e brilhantes. E achei gostoso aquele calorzinho que envolvia o corpo da gente. Ele beijou a pontinha do meu nariz, fechei os olhos e senti sua respiração ofegante. Seus lábios tocaram os meus. Primeiro de leve, depois com mais força, e então nos abraçamos de bocas coladas, por alguns segundos.

E de repente o ônibus já havia chegado no ponto final e já tínhamos transposto , juntos, o abismo do primeiro beijo.

Desci, cheguei em casa, nos beijamos de novo no portão do prédio, e aí ficamos apaixonados por vária semanas. Até que o mundo rolou, as luas vieram e voltaram, o tempo se esqueceu do tempo, as contas de telefone aumentaram, depois diminuíram...e foi ficando nisso. Normal. Que nem meu primeiro beijo. Mas foi inesquecível!
Sala de aula - roda de leitura 
1) Levantamento de hipóteses:
a) Trabalhar o título: o que sugere esse texto?
b) Onde deve ter sido o primeiro beijo?
c) Com quem?
2)  Leitura compartilhada (parte 1):
a) Localização de informação;
b) Retomar o que foi registrado pelos alunos
c) Quem deu o primeiro beijo? 
d) Em quem?
3)  Leitura compartilhada (parte 2) - distribuir cópias do texto aos alunos:
a) Leitura do texto pelo professor; 
b) Trabalhar o espaço da narrativa; 
c) Trabalhar o gênero "conto";
b) Estudo do vocabulário e localização de palavras desconhecidas;
Sala de informática
4) Pesquisasquantas calorias o beijo consome;  diferença entre bactéria e vírus; a história do beijo; curiosidades (o dia do beijo) e sobre o autor.
Sala de aula
5) Discussão sobre a diferença entre beijo artístico e beijo de verdade.
6) Apresentação de obras artísticas (Salvador Dali); filme: Crepúsculo.

7) Apresentação de músicas com o tema, enquanto ilustram, em três quadrinhos, o último parágrafo do texto e assinam com um beijo
a) As meninas passam batom e beijam o papel. Em seguida escrevem o nome da pessoa que receberá o beijo;
b) Os meninos desenham uma boca e escrevem o nome da pessoa que será contemplada com o beijo.

Situação de Aprendizagem ( Curso Melhor Gestão, Melhor Ensino).








Avestruz (Mário Prata)


O filho de uma grande amiga pediu, de presente pelos seus 10 anos, um avestruz. Cismou, fazer o quê? Moram em um apartamento em Higienópolis, São Paulo. E ela me mandou um e-mail dizendo que a culpa era minha. Sim, porque foi aqui ao lado de casa, em Floripa, que o menino conheceu os avestruzes. Tem uma plantação, digo, criação deles. Aquilo impressionou o garoto. 

Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes de avestruz. E se entregavam em domicílio. 

E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo de ave. O avestruz foi um erro da natureza, minha amiga. Na hora de criar o avestruz, Deus devia estar muito cansado e cometeu alguns erros. Deve ter criado primeiro o corpo, que se assemelha, em tamanho, a um boi. Sabe quanto pesa um avestruz? Entre 100 e 160 quilos, fui logo avisando a minha amiga. E a altura pode chegar a quase 3 metros - 2,70 para ser mais exato. 

Mas eu estava falando da sua criação por Deus. Colocou um pescoço que não tem absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia mais ter estoque de asas no paraíso, então colocou asas atrofiadas. Talvez até sabiamente para evitar que saíssem voando em bandos por aí, assustando as demais aves normais. 

Outra coisa que faltou foram dedos para os pés. Colocou apenas dois dedos em cada pé. Sacanagem, Senhor! 

Depois olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou um camelo. Tanto é que, logo depois, Adão, dando os nomes a tudo o que via pela frente, olhou para aquele ser meio abominável e disse: Struthio camelus australis. Que é o nome oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser aquele pescoço fino em forma de salsicha. 

Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais ao seu corpo. Outro erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que os avestruzes vivem até os 70 anos e se reproduzem plenamente até os 40, entrando depois na menopausa. Não têm, portanto, TPM. Uma fêmea de avestruz com TPM é perigosíssima! 

Podem gerar de dez a 30 crias por ano, expliquei ao garoto, filho da minha amiga. Pois ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele bando de avestruzes correndo pela sala do apartamento. 

Ele insiste, quer que eu leve um avestruz para ele de avião, no domingo. Não sabia mais o que fazer. 

Foi quando descobri que eles comem o que encontram pela frente, inclusive pedaços de ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por exemplo. Máquina digital de fotografia, times inteiros de futebol de botão e, principalmente, chuteiras. E, se descuidar, um mouse de vez em quando cai bem. 

Parece que convenci o garoto. Me telefonou e disse que troca o avestruz por cinco gaivotas e um urubu. 

Pedi para a minha amiga levar o garoto a um psicólogo. Afinal, tenho mais o que fazer do que ser gigolô de avestruz.




Público Alvo: 9º ano


1. Ativação de conhecimento: Roda de conversa
Vocês conhecem um avestruz?
Onde vocês já viram?
Quais os animais de estimação são mais comuns?


2. Localização de informações: Localize no texto as informações que mostram que o garoto não pode criar um avestruz onde ele mora.
Segundo o autor, por que o avestruz é considerado um erro da natureza?


3. Inferência local: Que argumentos o amigo usou para convencer o garoto a desistir de criar um avestruz?
Inferência global: Qual o motivo que levou o garoto a desistir de ter um avestruz?


4. Recuperação do contexto: Qual é o autor?
Qual o público alvo?
Por que o autor escreveu esse tipo de texto?

5.Percepção das relações de intertextualidade e interdiscursividade: Filmes: "Compramos um Zoológico" e "Os pinguins do Papai".

Poema

O AVESTRUZ
O galo cantou
A ovelha despertou
E estava com fome!
O avestruz esperto
Papou tudo que
havia por perto.
Comeu melancia
Feijão e ervilha
Tomate, capim
E a boneca da menina.
O galo brigou
A menina chorou
O avestruz esperto,
Da confusão escapou.


6. Percepção de outras linguagens: Pesquisa de valores éticos (regras de condomínio).
Entrevista com pessoas que possuem animais exóticos em casa.





 



quarta-feira, 5 de junho de 2013

Sugestões de livro



Nome do livro: Capitães de Areia, de Jorge Amado

Sinopse: Os Capitães da Areia são um grupo de meninos de rua. O livro é dividido em três partes. Antes delas, no entanto, há uma seqüência de pseudo-reportagens, explica-se que os Capitães da Areia são um grupo de menores abandonados e marginalizados, que aterrorizam Salvador. Os únicos que se relacionam com eles são Padre José Pedro e uma mãe-de-santo. O Reformatório é um antro de crueldades, e a polícia os caçam como os adultos antes do tempo que são.



Nome do Livro: O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry

Sinopse: O Pequeno Príncipe devolve a cada um o mistério da infância. De repente retornam os sonhos. Reaparece a lembrança de questionamentos, desvelam-se incoerências acomodadas, quase já imperceptíveis na pressa do dia-a-dia. Voltam ao coração escondidas recordações. O reencontro, o homem-menino. Pela mão do pequeno príncipe, recupera a meninice abrindo uma brecha no tempo, volta a sentir o perfume de uma estrela , a ouvir a voz de uma flor, a ver o brilho de uma fonte, escutar os guizos das folhas batidas pelo vento. Quebra-se por momentos a crosta que generaliza o outro em todos e torna as coisas comuns e iguais para se descobrir os carneiros dentro das caixas, os elefantes dentro das serpentes. Uma leitura inesquecível para todas as idades.


Nome do livro: Vidas Secas, de Graciliano Ramos

Sinopse: Vidas Secas, romance publicado em 1938, retrata a vida miserável de uma família de retirantes sertanejos obrigada a se deslocar de tempos em tempos para áreas menos castigadas pela seca. A obra pertence à segunda fase modernista, conhecida como regionalista, e é qualificada como uma das mais bem-sucedidas criações da época.



Nome do livro: O menino Maluquinho, de Ziraldo

Sinopse: Na grande obra infantil de Ziraldo, verso e desenho contam a história de um menino traquinas que aprontava muita confusão. Alegria da casa, liderava a garotada, era sabido e um amigão. Fazia versinhos, canções, inventava brincadeiras. Tirava dez em todas as matérias, mas era zero em comportamento. Menino maluquinho, diziam. Mas na verdade ele era um menino feliz.

Ziraldo tá com a razão. Infância verdadeira é isso que ele conta em figura e verso gostosos que nem torta de chocolate. Quem viveu assim, sabe. E quem não viveu... que pena!


Nome do livro: O Ladrão de Raios, de Rick Riordan

Sinopse: O garoto-problema Percy Jackson é um deles. Tem experiências estranhas em que deuses e monstros mitológicos parecem saltar das páginas dos livros direto para a sua vida. Pior que isso: algumas dessas criaturas estão bastante irritadas. Um artefato precioso foi roubado do Monte Olimpo e Percy é o principal suspeito. Para restaurar a paz, ele e seus amigos - jovens heróis modernos - terão de fazer mais do que capturar o verdadeiro ladrão: precisam elucidar uma traição mais ameaçadora que a fúria dos deuses.


Nome do livro: A Volta ao Mundo em 80 Dias, de Júlio Verne

Sinopse: O livro conta a história de um rico inglês, Phileas Fogg, que tinha uma vida regrada e solitária, mas que devido a uma aposta com seus amigos de jogo, resolve dar a volta ao mundo em 80 dias, acompanhado apenas de seu fiel empregado. Nessa viagem, viverá diversas aventuras e conhecerá vários lugares do mundo. 


Nome do livro: A Hora da Estrela, de Clarice Lispector

Sinopse: Macabéa vive sem saber para quê. Depois de perder a tia, viaja para o Rio de Janeiro, aluga um quarto, emprega-se como datilógrafa e se apaixona por Olímpio de Jesus – que logo a trai com uma colega de trabalho. Resenha: O último livro escrito por Clarice Lispector é também uma despedida. Lançado pouco antes de sua morte, A hora da estrela conta os momentos de criação de Rodrigo, o escritor que narra a história de Macabéa. Ela sabia que a morte estava próxima e coloca um pouco de si nas personagens. Ele, um escritor à espera da morte; ela, uma solitária que gosta de ouvir a rádio Relógio e que passou a infância no Nordeste, assim como Clarice. A despedida da autora é uma obra instigante e inovadora. Como diz Rodrigo, estou escrevendo na mesma hora em que sou lido. É a autora contando uma história e, ao mesmo tempo, revelando ao leitor seu processo de criação e sua angústia diante da vida e da morte.


Nome do livro: O Patinho Que Não Aprendeu a Voar

Sinopse: Narra a história de um patinho chamado Taco, que nasceu junto com mais nove irmãos. Um dia o pai de Taco resolve ensinar os filhos a voar. Enquanto seus irmãos aprendem a voar, Taco continuava brincando, pois queria aproveitar a vida. Isso era um risco, pois patos que não aprendem a voar podem virar patos domésticos, que só fazem o que o dono quer. Quando o inverno chegou, a família de Taco voou para procurar um lugar seguro, mas como ele não sabia voar, teve de ficar, e seu pai resolveu ficar junto com ele. Um dia o pai voou para buscar alimento, os caçadores chegaram e levaram Taco para um sítio. Lá, apesar de ser bem alimentado, o patinho vivia triste, cheio de saudade...







Frases sobre leitura



"A leitura é uma fonte inesgotável de prazer mas por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede". (Carlos Drummond de Andrade)




"A leitura de todos os bons livros é uma conversação com as mais honestas pessoas dos séculos passados". (René Descartes)


"A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde". (André Maurois)



"Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem".

"O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado". (Mario Quintana)


Depoimento de leitura e escrita

Cleide de Araujo Arcanjo

Bem,minha experiência com a leitura e escrita foi sempre muito agradável.
Eu aprendi a ler e escrever com a minha mãe que embora nunca tenha frequentado uma sala de aula me transmitiu tudo que sabia: as letras, as palavrinhas, os números, meu nome e dos meus irmãos, enfim sempre com muita dedicação e amor.
E eu me apaixonei pelas letras!Tornou-se a minha brincadeira favorita.
No primeiro dia de aula, eu estava feliz, queria conhecer uma escola e minha professora  Maria Helena era linda, boazinha e ao perceber que eu já sabia escrever as letras pediu-me que a ajudasse com as outras crianças que ainda não sabiam escrever e eu me lembro segurando a mão direita deles e ajudando a esboçar um a .Foi inesquecível pra mim e de lá para cá um dos meus sonhos é ver todos os alunos alfabetizados e seguros na leitura e escrita.E eu sei que eu compartilho com todos vocês esse mesmo sonho.O incentivo do professor à leitura é fundamental. Às vezes é o único que os alunos possuem. Um grande abraço.Cleide

Depoimento de leitura e escrita

Cirlene Moreira dos Santos

Minha experiência pessoal na escrita e leitura: comecei a escrever e ler no primeiro ano.(faz tempo). Tive uma excelente professora da antiga primeira a quarta série.
O nome era D. Dirce, não entendia o por quê que estudei todos os anos com essa professora. Hoje entendo, e agradeço à ela por ser minha mestra. Antes a professora iniciava a primeira séria e seguia com seus alunos até a quarta séria, foi a exigência de que o material escolar deveria estar sempre conservado e muito bem caprichado, me levou a ler tudo que pegava: gibis, livros principalmente. Não tinha dinheiro para comprar, mas havia a biblioteca municipal onde eu podia pegar até três livros a cada quinze dias. Com os depoimentos de Danuzia Leão, Anna verônica e J.C. Violla, me identifiquei como a leitura é muito importante, mas sem aquela neura se está analisando os porques e os pronomes. A leitura é realmente uma viagem que nos trasporta para qualquer lugar. Gosto da leitura por prazer e gosto também para análise,mas quando leio pelo prazer me faz voltar a minha infância.
   Abraços.

Depoimentos de leitura e escrita

Cleivania Lima de Almeida
Foram tantas histórias...
Quantas saudades, quantas verdades, quantas descobertas... E, que curiosidade.
Televisão? Não tínhamos! Era artigo de luxo.
Livros? Eram poucos.
Minha mãe se esforçava e o pouco dinheiro que ganhava vendendo roupas na feira, ainda reservava uma pequena quantia para comprar um livro ou, às vezes, uma coleção (isso demorava alguns meses).
Alfabetizei-me por meio da literatura de cordel (relíquias do meu irmão). Depois, foram as histórias em quadrinhos para, em seguida, dar um imenso salto e ler o romance A Moreninha, de Joaquim Manoel de Macedo. Esse livro que a minha mãe guardava às sete chaves, era repleto de ilustrações... Eu tinha oito anos!
Foi também com essa idade que eu presenciei um ato de vandalismo, que na minha mais pura inocência, percebi que ali havia sido cometido um genocídio literário: uma fogueira de livros em praça pública (Bahia, região da Chapada de Diamantina, final da década de 70). Salvei um. Era uma cartilha de alfabetização que, meses depois, eu a utilizei em benefício à minha amiga de infância.
Na escrita, me aventurei a escrever poemas e poesias, aos 8 anos de idade. Guardo-os como um tesouro, no baú de minhas memórias.

Sou autora de dois livros voltados à área da saúde: "Das cinzas ao renascimento: um caso de Síndrome de Stevens Johnson" e "Vivendo o suplício de Tântalo: o dia a dia dos portadores da Síndrome do Olho Seco".

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Depoimentos de Leitura e Escrita


Denise Martins da Silva Neves

Meu depoimento
Venho de uma família onde meus pais não puderam estudar, pois começaram a trabalhar muito jovens. Por sofrerem com a falta de estudo, eles incentivaram a mim e aos meus irmãos a estudarmos.
Nunca cursei a pré-escola, entrei direto na 1ª série, e me apaixonei pelas letras, aprendi a ler e não parei mais. Adoro ler, pois é na leitura que descobrimos coisas que nem imaginávamos.
À noite, quando nos reuníamos , contávamos histórias para os nossos pais e eles adoravam, pois percebiam que o esforço deles para nos manter na escola valia a pena.
Desde pequena quando todos faziam aquela velha pergunta “o que você vai ser quando crescer” eu sempre respondia que queria ser professora. E é um sonho realizado, agora posso incentivar outras pessoas a se apaixonarem pela leitura também. Para encerrar este relato deixo uma frase de Clarice Pacheco.
Viajar pela leitura
sem rumo, sem intenção.
Só para viver a aventura